quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Os Três (Segundo).

O ser amado é uma mera percepção, como a cor, que na verdade não existe... ou como o doce ou o amargo, também eles truques do nosso sistema nervoso...
Esta é uma duologia. 
Indissociáveis, estes dois longos textos que explicam muita coisa...

Sem Cor
Era pintor.
Conduzia calmo o seu velho ford, mentalmente mergulhado na cor das suas telas. A sua rua aproximava-se. Era já no próximo cruzamento...
Bruscamente sentiu explodir uma massa gigantesca na traseira que o esmagou contra a mancha branca do airbag que detonava...

Acordou da coma, quarenta e três dias depois dum cherokee ter abalroado por trás o seu carro a oitenta e sete quilómetros por hora. Os médicos tinham já levado a cabo um levantamento minucioso das regiões do cérebro afectadas pelo acidente. O Córtex visual, na nuca, tinha sido o mais danificado pelo embate traseiro. Esperavam agora, curiosos, a reacção do paciente ao abrir os olhos.
E ela veio.
Primeiro o vislumbrar, o sentir de uma névoa e depois… um focar muito lento e esforçado dos contornos, das manchas, do vagaroso materializar do desenho das caras que o observavam.
Havia algo, contudo, que o fazia sentir-se num sonho, ao não acreditar naquilo que os olhos lhe diziam: o cintilar das hastes metálicas do médico mais próximo de si revelavam um brilho…diferente. Algo esbranquiçado. Leitoso.
O choque, esse, aconteceu ao dar com a face de Olívia, a sua mulher.
Sentiu estremecer todo o seu débil corpo: a pele feminina que o acompanhara durante doze anos, outrora rosada, agora encontrava-se cinzenta, sem vida. Olhou em volta num pânico muscular.
Tudo se encontrava cínzio, como num luto a preto-e-branco.

Tinha acordado num mundo sem cor.

A percepção das cores, essa, tinha-a perdido para sempre.

À chegada a casa, o cão veio lamber-lhe a cara, pousando as patas no seu colo ainda encostado à cadeira de rodas. Sentia as unhas do animal cravarem-se-lhe a través do tecido das calças, e desagradava-lhe o seu cheiro, agora mais forte.
Olívia empurrou a cadeira de rodas pelo soalho. O olhar dele passou pela taça de fruta, sempre cheia. As uvas pareciam vidro e as maçãs papel… ao observá-las não se lembrou do seu sabor. Pensou nisso, desconcertado.
O cão saltava em volta da cadeira de rodas, empurrando os bancos da cozinha num chiar rombo.
Cheiros e ruídos começaram a ter um novo estatuto na hierarquia dos seus sentidos, após a morte das cores no seu mundo.
Olhou para o focinho do cão. Os seus olhos eram também de vidro, como as uvas. Via agora também o mundo como aquele animal…
Após alguns dias, o acto de olhar para as suas mãos cinzentas já não molhava a sua face de lágrimas.
Essas aconteceram num soluço violento, num inesgotável uivo de desepero quando Olívia se desnudou a primeira vez. Em pé, banhada pela luz cinza do candeeiro. Observou-a dolorosamente. A pele perdera toda a textura, parecia o gesso coberto de tinta dum manequim antigo.
Olívia, estremecida, apertou-o contra o peito durante horas enquanto ele soluçava, violenta e silenciosamente, aos sacões…

Apesar de ter abandonado a cadeira de rodas e percorrer a casa pelo seu pé, havia duas semanas, ainda não tinha entrado no atelier. Uma porta branca mantinha fechado e inerte o mundo que ele criara com cores de que se tinha fácilmente esquecido…

Cada vez que comia fechava os olhos. Os alimentos possuíam um aspecto repugnante.
Vomitou a primeira vez que viu esparguete.

Um dia, empurrado pelo psicólogo, entrou finalmente no atelier.
De olhos semicerrados, a primeira impressão foi duma violenta agressão ao seu olfacto, a do cheiro das tintas.
Olhou as telas. O nó na garganta sabia a acrílico.

Recomeçou a pintar, semanas depois. Reconhecia as cores pelo cheiro dos químicos e recomeçou a utilizá-las. Dizia em voz alta os seus nomes, de olhos fechados e narinas abertas...

Um dia, num passeio pelo campo olhou o horizonte.
Uma mancha de luz, mais clara, nele mergulhava. Era um arco-íris. Tentou imaginar o seu aroma...
Fotos » Guido Mocafico/Emmanuel Turiot//Wallpaper



Sem Amor
Estou viciada em ti.
Quando entro numa sala, eu, que nunca me preocupo com essas coisas, julgo que todos me observam porque possuo um intenso e poderoso cheiro a sexo. Um cheiro a ti.
Sinto-te a escorrer dentro de mim, da noite passada. E da outra. De todas. Tresando a sexo, ao teu. É impressionante! Estou viciada em ti...

De olhos fechados, o eco de suas palavras continuava a hipnotizá-lo. Eram coisas que ela ia dizendo por telefone, durante o dia.
À noite, mesmo na sua presença, dentro do carro no parque de estacionamento ali em frente ao café que os separava do Tejo, elas continuavam a amansá-lo, mesmo proferidas noutros dias.
Olhou-a. Era a mulher mais bela que já tinha conhecido. Não acreditava no que via nas primeiras vezes que saíam, nem ele nem outros. Parecia feita noutro quadrante, noutra dimensão.
Via, por trás da sua cara de uma inexpressividade olímpica, coberta por uma juba cor de sangue negro, ao longe, as escuras pessoas de alva cara que iam entrando no bbc, branco.
Eles não iriam lá, naquela noite. Nem a lado nenhum.
Pararam ali para conversar. Entrar e conversar. Ele à frente dum jack daniels e ela a segurar, como de costume, um manhattan.
Mas não saíram do carro.
Olhou-a.
Mais que as suas injustificadas ausências, os seus segredos e os seus mistérios, mais que os jantares com... amigos, os fins- de-semana em quintas de amigas desconhecidas, o desligar do telefone a horas em que o mesmo devia estar para ele, para o mundo... mais que toda a vida que ela anunciava e que ele não comprovava, mais que todo o terror que ele passava com tudo isto, mais que toda a angústia...
...Mais que tudo isso, eram aqueles olhos. Os dela.
Muito, muito negros. Vazios. Mortos. A morte num par de olhos. Só encontrara algo assim em imagens animadas dum tubarão branco, em águas límpidas de ecrâ.
Eram um aviso sério, aqueles olhos. Estava tudo lá. Todo o inferno pelo qual passava...
O pior dos infernos. Aquele que vem, como numa de salada de frutas, com grossos pedaços de céu, para melhor sentir o horror, num contraste de sabores.

Não percebo porque estás triste. Estou sempre, sempre para ti. Só para ti. Dedico-me a ti, quando posso, mal posso.
Quando durmo com alguém... é contigo que o faço.
Vivo para ti.

Mas não. Não era vida. Aquilo que eles faziam não era vida. Não se pode viver no gerúndio.
Ir vivendo...só na tela.
Mesmo com a paixão. Com a genuína paixão dela, com a obssessão dela pelo sexo deles... pelo sexo dele, o qual ela não largava, nem com as suas mãos, nem com os seus olhos... nem com a sua boca, inúmeras vezes no meio do trânsito enquanto olhares nos vidros dos autocarros observavam atónitos quando ela mergulhava no seu colo em pleno dia, em pleno verão de incêndios. Nem com o seu cérebro. Encontrava-se mesmo fascinada por si e pelo demónio da sua carne.
E a forma como ela dormia, em que, com toda a sua pesada massa muscular se deitava completamente, sem tocar em mais nada, só nele e na sua pele... como se o corpo daquele homem fosse uma nuvem... que a elevasse acima de todo o resto.
Não era vida.
Não era... Uma Vida.

És o único em quase tudo, no meu íntimo. Nunca ninguém alguma vez me possuíu sem protecção. És, e foste, o único a fazer tal coisa. És o único! Que mais queres?... Que queres, afinal?

Uma Vida. Respondeu ele. Quero Uma Vida.

Ela olhou para o tablier escuro e disse: a vida não é amor e uma cabana. Se a vida fosse amor e uma cabana, nunca saíria dos teus braços, até morrer...

Ele abriu muito os olhos e franziu a testa. Odiava chavões, e não os recebia de bom grado, sobretudo dela.
Bang bang, my baby shot me down...
Olhou para o pedaço de rio, à sua esquerda, que a esquina do edifício do café descobria. Via a ponte, tracejada pelos carros que passavam, como balas de fósforo em câmera lenta por entre as grinaldas de lâmpadas dos pilares.
Cá em baixo tudo isto se reflectia, mas a dançar na água escura em pequenas centelhas no negrume da noite, através dos reflexos, no pára-brisas, dos faróis de carros que iam parqueando...


Dois anos depois. Ele resolveu o assunto.
Ela era um problema. Maior que os outros, mas ainda assim não fugia ao estatuto de problema. E ele era um homem de soluções.
Arrancou-a de si mesmo como se arranca um braço.
Mergulhou o mais possível numa nuvem de tudo o que era anestésico, analgésico... e arrancou-a de si.
Sangrou abundantemente, deixou-se sangrar...
Pegaram nele e cauterizaram a ferida. Ele observava, enquanto tudo o resto que ele ainda conseguia suster se ia desmoronando...
Recomeçou do zero com aquele coto dentro de si. Iria sarar...

...Três anos depois.
Afinal a vida sempre podia ser amor e uma cabana. Amor, que o tinha encontrado. Um amor intenso e suave, como o melhor Blue Mountain. Como ele.

Ela não. Tinha retirado o seu coração do nitrogénio líquido da criogenia, e entregou-o aquele homem que o aqueceu até ele bater em toda a pujança e explendor de músculo mais forte do corpo... para o abandonar depois, aparentemente esquecido em qualquer lado...
Aprendeu, pensou ela. Era, até aí, das poucas mulheres que podiam ter a satisfação de ditar todas as regras. Baixara a sua preciosa guarda, para ele entrar na sua vida, e deu no que deu...
...Nunca mais!
.

43 comentários:

Maísa disse...

Tu és mesmo batoteiro.
Mas pronto, os postes são lindos e euli-os bem recentemente.
Não me vou repetir.
Beijinho.

Rocket disse...

d.antónia ferreirinha

: )

Vitória disse...

Bem..o dois em um agrada-me.;)

E que dizer, raios nem sei.

Existe dias que me deixas sem palavras.

Lindissimo.

Mais logo comento.;)

Beijo docinho

Rocket disse...

vitinha

eu, para quem escreve muito, normalmente comunico com quem gosto com absoluta ausência de palavras...

por isso percebo-te, docinho

beijinhos silenciosos e sussurrantes

Leonor disse...

:)
bingo.
beijo.

ivone disse...

Era uma vez um pintor que tinha um aquário - Herberto Hélder

Era uma vez um pintor que tinha um aquário e, dentro do aquário, um peixe encarnado. Vivia o peixe tranqüilamente acompanhado pela sua cor encarnada, quando a certa altura começou a tornar-se negro a partir – digamos – de dentro. Era um nó negro por detrás da cor vermelha e que, insidioso, se desenvolvia para fora, alastrando-se e tomando conta de todo o peixe. Por fora do aquário, o pintor assistia surpreendido à chegada do novo peixe.
O problema do artista era este: obrigado a interromper o quadro que pintava e onde estava a aparecer o vermelho do seu peixe, não sabia agora o que fazer da cor preta que o peixe lhe ensinava. Assim, os elementos do problema constituíam-se na própria observação dos fatos e punham-se por uma ordem, a saber:


1)peixe, cor vermelha, pintor, em que a cor vermelha era o nexo estabelecido entre o peixe e o quadro, através do pintor;



2)peixe, cor preta, pintor, em que a cor preta formava a insídia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade do pintor.


Ao meditar acerca das razões por que o peixe mudara de cor precisamente na hora em que o pintor assentava na sua fidelidade, ele pensou que, lá dentro do aquário, o peixe, realizando o seu número de prestidigitação, pretendia fazer notar que existia apenas uma lei que abrange tanto o mundo das coisas como o da imaginação. Essa lei seria a metamorfose. Compreendida a nova espécie de fidelidade, o artista pintou na sua tela um peixe amarelo.

Rocket disse...

mlee

era só que faltava..tu não acertares...

beijo

Anónimo disse...

Gajo
deixa-me dizer-te que estou fula contigo (para não dizer palvrões), então tu escreves estes posts todos num só post. E cada um, por motivos diferentes, tocou-me profundamente... Nem sei como seria o meu mundo sem cores, cheiros, sabores. Sou uma mulher demasiado simples, as pessoas com quem me dou (afectivamete, claro) têm um cheiro especial e é por esse cheiro que as identfico. Os afectos têm um cheiro inquestionável...e enquanto mantiver o cheiro de uma pessoa não consigo relacionar-me com outra, da mesma forma que a intimidade só é possivel quando o meu cérebro absorver o cheiro e o sabor, até lá a química não existe(fico-me por aqui...)
Na última parte do texto (estúpida da tecla x), digo apenas que sei o preço a pagar por ..."Aprendeu, pensou ela. Era, até aí, das poucas mulheres que podiam ter a satisfação de ditar todas as regras. Baixara a sua preciosa guarda, para ele entrar na sua vida, e deu no que deu...
...Nunca mais!"
Ainda bem que vou para Viseu.
Bjocas, quando regressar já não estou zangada, não sou de amuos..:)

João Roque disse...

Dois textos belos...e tristes, cada um à sua maneira.
Mas...embora conhecendo-te há pouco, já vi que gostas de posts sequenciais, e toda a "nebulosidade" do teu texto anterior pode talvez ser explicada no próximo texto; afinal há algo de lógico: ontem - slicone NUMBER ONE; hoje - Os três (SEGUNDO)...

Rocket disse...

ivone

tenho por hábito ver quem me lê...e dei com o kieffer na abertura do teu blog...excelente.
o pintor do herberto helder teria esquecido a teoria da cor, senão o peixe pintado seria bordeaux ou mesmo negro...

depois visito-te com mais tempo. prazer em conhecer-te.

beijos

Rocket disse...

jasmim

ainda bem que gostaste : )

beijos

boas voltas...

Rocket disse...

pinguim

a tua montagem, embora acidental...faz sentido!
de facto, de uma imensa profundidade antropófaga onde navegava, desaguo numa baía tropical de inocentes e descontraídos prazeres...
qual é que vale...sei lá...

abraço

Su disse...

gostei de reler

jocas maradas de sentires...tantos.

Blueminerva disse...

É oficial. Estou apaixonada pela tua escrita! Delicioso e irresistível... ambos. Não é à toa que este é um dos meus lugares de eleição na blogosfera nacional.
Beijocas muitas e aquele abraço

Rocket disse...

su

gostei que tivesses gostado de reler


jmas

Rocket disse...

sereia

tenho que começar a dizer o quanto gosto de te ler também. começo aqui e agora...

beijos e abraço apertado

Unknown disse...

Não sei se já comentei contigo mas sou muito ligada às letras tanto a nível profissional como pessoal.
Talvez por isso dê tanta importância às palavras e ao peso que elas carregam consigo.Desde que iniciei esta minha aventura na blogosfera que tenho seguido atentamente todos os teus posts. Já trouxeste à superfície um sem número de sentimentos desde os mais reflexivos ao riso total...
Hoje, tive que parar e ir respirar lá fora...não consegui conter as lágrimas...Eu sou assim, uma chorona...mas só com o que me toca a alma...e foi o que fizeste profundamente...Obrigada, estava a precisar descarregar toda a tristeza que me tem acompanhado nos últimos tempos...Sinto-me mais leve...

Muitos beijinhos

Rocket disse...

zabour

agradeces-me por te fazer chorar?

hum...não sei se será a primeira vez que me acontece tal...

ainda bem que o que aqui se encontra te foi útil...

beijos

apenas um gajo... disse...

Rocket,

como é bom sentirmo-nos tristes de vez em quando, sentir que a vida não facilita, e que se tem que ir em busca da própria sobrivência.
Mas tal sentimento é só para ser usado de 'vez em quando'

Um abraço

Rocket disse...

apenas um gajo

amanhã é um outro dia, como sempre.

um abraço

Coragem disse...

Não sei se os melhores, mas eu gostei muito, cada um de forma diferente, mas a cor ou ausencia dela, está lá...Em ambos!

Um beijo miudo

Rocket disse...

coragem

de facto talvez considere estes entre os melhores dos textos por mim aqui escritos...

bêjos môça

Vitória disse...

Voltei..li outra vez e continuo sem ter nada a dizer ternurinha.
Ambos os textos têm um significado para mim, embora diferentes do teu concerteza, mas consigo lê-los com as minhas experiências e isso toca-me.;)

Beijos docinho

Rocket disse...

vitinha

"isso toca-me" é mais rico e completo que muitos ensaios, docinho...

beijinhos silenciosinhos

Patti disse...

Boa escolha de palavras para mostrar o realismo dos sentimentos amargos da vida.

Rocket disse...

patti

é como uma prova de olhos vendados, o que se vai vivendo...

Tá-se bem! disse...

Rocket, és o maior!

Fizeste com que sentisse as tuas palavras de uma forma que raramente admito. Tenho uma carapaça rija (ou tinha, sei lá..)

e mais não digo, nem preciso..

abração memo ;)

Rocket disse...

tá-se bem!

o maior és tu. pelo menos é assim que vejo alguém de carapaça rija a mergulhar na emoção de forma generosa...

abração

Anónimo disse...

vim só dizer-te que tenho mais um kilo graças ao teu bolo
se isto continua assim mando-te a conta do ginásio.
e não é que todos adoram o bem dito bolo, quando conto a história ficam a olhar para mim incrédulos - sim os meus amigos, na sua maioria desconhecem esta minha faceta para a blogosfera...
bjocas amanhã será um grande dia

Rocket disse...

jasmim

ah ah ah

bem...só 2 ou 3 amigos meus sabem que tenho isto...

ah ah ah

beijos

By myself disse...

Não irei ser hipócrita e dizer q os teus posts estão o máximo porque não li(espero vir com tempo). Mas já que aqui vim, não quero deixar de desejar um óptimo fim de semana, e mandar uma beijoca.

By myself disse...

Não irei ser hipócrita e dizer q os teus posts estão o máximo porque não li(espero vir com tempo). Mas já que aqui vim, não quero deixar de desejar um óptimo fim de semana, e mandar uma beijoca.

Rocket disse...

by myself

aqui podes ser hipócrita à vontade... podes seer tudo o que quiseres... se não fores descoberta...LOL...

estou a brincar...um excelente fim-de-semana para ti também...

bjos

Ana disse...

A foto com a banana só me faz pensar numa coisa!

Safira disse...

Engraçado...há uma série de referências nestes dois textos que estou a reconhecer de comentários que me deixaste...

Anyway, adorei ambos os textos. Ambos me tocam particularmente. O primeiro é de uma delicadeza infinita, retrata um processo de cura da alma. Aprender a ver as cores com a alma. Aprender a viver sem elas, ou melhor, com elas, mas de outra forma. Making the best of whats left. Tomei notas...

O segundo texto é bastante triste. Baixar a guarda é uma merda, mantê-la elevada é outra merda igual...É o que me ocorre dizer...
A vida nem sempre é injusta, mas é o que temos.

E recuso-me a ficar deprimida no meu último dia de trabalho antes de férias!! Podias ter publicado isto noutra altura, pá! ;)
Beijos

Rocket disse...

kitty

só numa? não gostas de grupos?

estava a brincar...

Ludovina, aquela moça feia, coitada, tão desengonçada que nunca tinha conseguido arranjar um namorado, foi pedir auxílio a uma vidente:
- Minha filha, disse a vidente: Nesta vida você não vai ser muito feliz no amor, mas na próxima encarnação, você será uma mulher muito cobiçada e todos os homens se arrastarão aos seus pés...
Ludovina saiu de lá muito feliz e, ao passar por um viaduto, pensou: "Quanto mais cedo eu morrer, mais cedo começará a minha outra vida!".
E decidiu atirar-se de lá de cima, do viaduto.
Mas, por uma dessas incríveis coincidências, Ludovina não morreu...
Ludovina caiu de costas em cima de um camião carregado de bananas, perdendo, então, os sentidos...
Assim que recuperou, ainda atordoada e sem saber onde estava, começou a apalpar à sua volta e, sentindo a protuberância das bananas, murmurou, com um sorriso nos lábios: "Um de cada vez... por favor! Um de cada vez..."

beijos

Rocket disse...

sapphire, babe

daqui a uma hora ou duas tens aí algo para te animares...

bjinhos miaus

Safira disse...

Vais enviar-me o Jon Bongiovi por FEdex? ;)
Tão queriiiido!!!!

Rocket disse...

sapphire

sim, para tratar de ti aí no emprego à frente dos colegas...


: )

Safira disse...

Que horror!! Sou tímida, homem!
LOL

Rocket disse...

sapphire

eu também, mas isso nunca me impediu de ter sexo em público...

(in)confessada disse...

impossível entrar e n ficar a ler..
e já agora, impossível n ter vontade de voltar.


bjo confesso

Rocket disse...

(in)confessada

bem, caíste no post mais longo do pedaço...

ainda bem que gostaste

bjo inconfessável