sábado, 31 de maio de 2008

Se ninguém souber... como é que aprendo?


Dá para acreditar
que os cientistas ainda não descobriram porque e como ronronam
os gatos?!?

Uns "desconfiam" que é devido a pregas vestibulares, ou falsas cordas vocais na traqueia, que vibram quando o gato respira.

Outros "desconfiam" que é uma turbulência da circulação sanguínea no peito, amplificada pelo diafragma... ou lá o que é.

Vão "desconfiar" para o raio que os parta... trabalhem!

O drama é que os grandes felinos não ronronam. E ronronar dá um enooooorme jeito...

E agora? Se ninguém souber... como é que aprendo?...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O Meu Totem

Águias? Leões? Dragões? Um coelhinho make love, not war...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

solução final

Esta expressão, tristemente característica duma terrível realidade, deve-se talvez ao facto de eu ter entre mãos duas capas a ela relativas: Uma sobre a família Himmler e outra sobre o drama de um milhão de judeus húngaros, já no fim da guerra.

Para uma delas, já tenho imagens.
Uma primeira foto dos Irmãos Himmler; uma segunda do mais tristemente célebre dos mesmos, Heinrich, fardado; e uma terceira da autora, uma sobrinha-neta do bicho, chamada Katrin.
Como existiu uma Katrin no meu percurso de vida, cujo pai fora SS, fiquei mais descansado ao observar, num relance, a terceira foto...

Solução Final.

Escrito assim, com as maiúsculas no princípio de cada palavra (caixa alta, para um assassino verde...) este termo evoca sem dúvida algo que a humanidade quererá esquecer, lembrando.
Foi horrível, é claro que foi. Não pelos números do massacre, seis milhões, bastante inferiores aos das vítimas de Estaline no mesmo período, ou das vítimas dos europeus nas américas, equivalentes a todos os mortos da segunda guerra mundial, ou até mesmo da Grande Fome causada pelo desespero incompetente de Maozedong durante a Revolução Cultural...

Não, não é pelos números.
É pela filosofia.

Pela primeira vez na história o Método foi aplicado num genocídio. Com uma logística impecável, com uma organização irrepreensível, com um planeamento invejável... à alemã.

Uma coisa é, uma turba de soldados americanos, fartos de verem os seus camaradas morrerem estilhaçados por bombas disfarçadas em montes de lixo, entrarem bêbados numa casa iraquiana e matarem toda a família excepto a miúda de quinze anos que ao passar todos os dias no checkpoint lhes provoca sempre uma breve erecção e que agora vai ser violada.
Outra é, desapaixonadamente, com método, eliminar milhões...

É uma pena, terem usado esse termo. Porque é meu. Sou um homem de soluções... e como gosto de trabalhar e não gosto de ter trabalho, quero que cada uma delas seja... final.

Existe um problema do catano. Abordei-o anteriormente em alguns tópicos: "Cuidado Humanos!" I e II e "Discos Voadores".

Está a tornar-se insustentável, a nossa dependência dos combustíveis fósseis. Neste momento toda a gente está de queixo espetado para os aumentos de preço da gasolina, mas isso é o que menos me preocupa agora.
Assim como há meses atrás cheirei este dramazito, cheiro de novo uma tragédia...
Não vou bater no ceguinho e explicar de novo o "porquê" conceptual de correr com o petróleo das nossas vidas. Neste momento começou a contagem decrescente para o culminar disto tudo: uma guerra. Mas não uma guerra como a do Yom Kippur, que funcionou como assobio duma panela de pressão numa crise parecida, ou de outra ida ao urinol como foi a invasão e ocupação do Iraque. Não...trata-se de uma guerra a sério, daquelas que limpam gerações.
Gosto de História, e este timeline de eventos tem o perfil de muitos que aconteceram ao longo da mesma, cujo desfecho foi esse.

É tempo de soluções. Se ainda forem a tempo...

Se eu mandasse... bastaria estar à frente de um pequeno país.
Este serve. De costas voltadas para a Europa e nariz enfiado no Atlântico.
Sempre foi um handicap, isso. Sendo assim, vamos usar a filosofia do judo e tornar a nossa desvantagem na nossa maior vantagem...

Ok...se eu mandasse...

— Sr. Primeiro Ministro, chegou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, para a reunião das onze e trinta.
— Muito bem, ele que entre.
— Como está, Sr. Primeiro ministro?— Pergunta o cientista, sempre embirrei com bigodes, mas aquele...
— Bem, podíamos estar todos melhor, não é verdade? — abro os olhos, e com a mão virada para a janela elucido-o— esta crise dos combustíveis, onde irá parar?— Pergunto.
— Bem...Sr. Primeiro Ministro, não é, de todo, a minha área... e a futurologia...
— Era uma pergunta de retórica, caro Mariano. Eu respondo-lhe: vai parar agora. Aqui e agora, neste gabinete. — Vejo-o a abrir os olhos, e curiosamente a boca também se distende enchendo-lhe a cara de brilhos, quer nos óculos, quer nos dentes. Deveria ser ao contrário, por questões de lógica muscular... E continuei — Temos algo mais eficaz, não poluente, potencialmente mais poderoso que qualquer combustível, e à borla...— Olhou para mim com um ar de desespero, o que me divertiu, devia estar a adivinhar uma qualquer crise de loucura...— Não olhe assim para mim, homem. Falo de água. Água destilada. Não é preciso ser engenheiro para saber que possui tudo o que é necessário para uma combustão: H2O. Oxigénio e Hidrogénio. Comburente e combustível. É o que gasta o sol. Quero que o meu carro gaste o mesmo...dentro de um ano. — o homem afundou-se na cadeira. — Mariano, não diz nada?...Tanto melhor...quem cala consente. É possível, não é? Vi logo. Você é homem para isto (apesar dessas gravatas, pensei eu...). Sempre admirei a sua capacidade científica...
— Mas senhor Primeiro-Ministro?... E os fundos?
— Os fundos... Os fundos, Mariano? Isso é lá ao fundo, o meu secretário passa-lhe um cheque...não vale a pena incomodar os meus contribuintes com esta ninharia...sacrifico as minhas férias, de qualquer forma não as iria ter, devido a esta crise... Eu é que vou dar o litro, nesta questão, não é você. Aturar os bancos, o seu colega dos Negócios Estrangeiros, os lobbys todos, as tentativas de assassínio... mas já tenho solução na manga para isso tudo. Neste momento a União Europeia está de olhos em mim...e em si. É a nossa última hipótese, face à Ameaça Chinesa. Vá lá, não lhe estou a pedir a Levitação, isso é a seguir, talvez para o ano... Não faça essa cara, homem. Os Irmãos Wright eram fabricantes de bicicletas...desenrasque-se. É o seu trabalho...


... E eu também tenho que me desenrascar, não tenho imagens para a segunda capa- aquela sobre o drama de um milhão de judeus húngaros, já no fim da guerra. Tenho que encontrar várias imagens... ou então inventar uma.


É o meu trabalho.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Assassino Verde

Existe um monstro dentro de mim. Há anos.

É a minha profissão.

Sou designer de comunicação, na vertente editorial.
Revistas, jornais e livros. Newsletters e boletins.
Sou um criminoso.
Um criminoso responsável pela morte de milhares de árvores. Devia ser julgado num tribunal internacional de defesa do ambiente.
Muitos dos títulos que vocês vêm nas bancas, e que provávelmente compram, ou pior, coleccionam, têm a minha marca.
Ou fui eu que os criei, ou lhes dei o nome, desenhei ou redesenhei o logotipo. Fiz centenas (e continuo a fazer) de capas, durante anos... nem imaginam... duas, três, por semana. Até 2001 fazia, por vezes, mais que uma por dia...
Façam as contas: ando nisto desde o fim do curso, devia ter vinte e um, vinte e dois anos... hum...possivelmente falamos já em milhares...
É o que digo: culpado, com todas as letras.
Director de arte de algumas das revistas e jornais de maior tiragem e circulação, quer especializadas, quer generalistas.
E pior, agora um experiente e desumano consultor de comunicação capaz de chegar a qualquer tasco e montar uma redacção eficiente, um Auschwitz de papel: um Himmler à frente dum plano de extermínio florestal.
O chefe da mortandade verde.

Meses atrás, tentei enveredar por outro caminho, mas o assassino de árvores que há em mim não deixou.
Voltei a matar.

Cada vez que uma rotativa dispara milhares de exemplares numa gráfica em Queluz, isso significa um hectare, ou mais, de ausência de floresta nas nossas vidas. Menos um exército de devoradores naturais de CO2, menos um habitat de alguém com penas ou pêlos...menos um horizonte verde onde repousar os olhos.

Julgam que eu não tenho noção da gravidade da coisa?

É claro que tenho! Não imaginam o contrasenso. Evito, ao máximo, usar uma impressora... quando olho para a folha que ela devora, sinto uma coisa...

Começou tudo antes de aprender a ler, quando me fascinava com os logotipos que se faziam: como as suas letras casavam entre si para criar uma nova forma, com harmonia e habilidade...
Uau! Considerava quem fazia coisas daquelas... um mago...

Ainda continuo a fazê-los assim. Acredito num logotipo que deslumbre pela surpresa, pela habilidade... como um número de circo...
Na faculdade tirei design de comunicação. Antes mesmo do fim do curso, um professor enviou-me para o mundo das revistas. Nunca mais de lá saí. Mesmo quando director de arte de um dos nossos maiores jornais, subia o elevador do mesmo prédio para me sentar com os gráficos numa sala a corrigir impressões de algumas revistas que saíriam no mês a seguir...

Bem digo, ao olhar-me no espelho, que sou um assassino verde, uma espécie de criminoso em vias de extinção. Que a net vai matar as revistas como o vídeo matou a rádio ("tufonia", segundo a minha ex-assistente beta) e o cd matou o vídeo e o dvd matou o cd e um meteoro matou os dinossauros...

Anos atrás tirei um curso de web design. Serviu para muito...

Andava às voltas com quatro revistas e agora ando com mais outras tantas. Daqui a dois meses meses serão mais ainda...
Pelos vistos, continuarei a matar... até morrer...

Um dia serei considerado bárbaro. Ao mesmo nível de um qualquer director de departamento duma tabaqueira ou de... uma petrolífera.

Um dia. Muito, muito depois da minha morte...

domingo, 25 de maio de 2008

rolling stoned

Se o Mick Jagger nunca conseguiu satisfaction, e ele que bem tentou, tentou, tentou, tentou, tentou, tentou...
ui se tentou...
...tentou, tentou, tentou... olá se tentou...

então e nós?...

...conseguimos?

sábado, 24 de maio de 2008

Palavras Sexualmente Transmitidas

Era uma vez uma, que andava com dois,
que nunca se conheceram.

Acabaram todos a falar da mesma maneira,
usando as mesmas palavras.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

via láctea

Nu Brasiú... 
Ela: Quirido, mi djiga augo qui mi deleitxe... Ele:Vaaaaaaaca*...


...*Click!...tsk, tsk...

terça-feira, 20 de maio de 2008

O ódio

Nunca odiei ninguém.
Já pensei ter odiado antes... mas não, não era ódio.

Isto dos blogues faz lembrar um pouco o Speakers'corner do Hide Park, onde cada um tem o seu palanquezito, e sobre ele empertigado, manda os seus bitaites, como agora o faço, embora estes bytes permaneçam bem para além da vibração do ar em frente da boca dos speakers. Podemos a eles ter acesso em qualquer momento, no quentinho das salas onde temos os nossos computadores.
Com calma. Com tempo. Mente e canais abertos...

O ódio...

Circulam nesta nossa blogocoisa desafios aparentemente inócuos em que a temática é o ódio. Parecem inocentes. E quando chegam, quem lhes pega devora-os logo como um carnívoro ataca um bife, a rosnar:
"Eu odeio gente assim/gente assado, convencidos, emperuados, mentirosos, o galo do vizinho, o zé da esquina, pretos, homossexuais, judeus, árabes, ciganos, romenos, ratos, mestiços, brasileiros, russos e ucranianos, tchetchenos, gajos que têm sempre razão, gajas que não me dão o pito quando o dão ao vizinho, vizinhos que dão o lolypop à outra mas não à escrevente, invejosos, a proibição de fumar, os gajos que fumam para cima de mim, a asae, os restaurantes porcos com baratas"...

Eu cá não odeio nada nem ninguém. Nem sequer o próprio ódio.

Mas não sou nenhum menino. Quem mas faz paga-mas.
Aliás, sem ser capaz de odiar, sou pragmática e eficientemente vingativo.
Mas sou-o por justiça. Por uma justificada necessidade de repor equilíbrio
...é uma coisa, assim, de... Yin e Yang...
Muitas vezes a própria vingança é ficar quieto, e deixar que as coisas aconteçam por si.
As últimas que me fizeram foram cobradas, e bem, assim. Na última nem fiquei para assistir, tão óbvio o resultado...
Mas se é necessário mexer-me, então isso acontece. Mas friamente, sem paixão, com elegância, sem ódio, com cirúrgica eficácia...
Por exemplo: o homem mais habilidoso que conheço a andar à pera, despacha-os, à meia-dúzia, sem qualquer emoção...

O ódio é um péssimo comburente para a eficaz combustão duma vingança ou de qualquer outro acto determinado. Porque a sua essência é o medo. E o medo é só o passo atrás que se mostra convidativo...

Quem odeia, habitualmente, é sempre gente boa.
Conheço muçulmanos que fariam tudo por mim, embora eu conheça os seus ódios adormecidos.
Na tropa dava-me sempre com malta do Norte: era a mais fixe. Sempre. Mas no que tocava a ódios, transfigurava-se, quando se falava do Sul. A mãe da minha cria é de lá, e com ela passava-se o mesmo... demorou década e meia para diluir o ódio que tinha a isto.
A minha cria veio de lá após o secundário, à espera de encontrar na capital um espírito mais aberto. Mas eis que, numa escola perto da Avenida de Roma, ela se depara com uma dose de racismo, xenofobia e homofobia que de todo não contava. Bem, os colegas são uns porreiraços, mas também são isso tudo.

Vocês também são uns gajos muita fixes, mas, nos blogues de alguns, li, preto no branco, que odeiam...

Uma coisa é embirrarmos com algo, ou alguém. Por exemplo, eu embirro com o ódio. Só não embirro com peúgas brancas porque o Michael Jackson (com quem embirrava) se desmembrou. A embirração é um sentimento simpático e elegante. E, sem uma pinga de ódio, colocamos num delicioso ridículo aquilo com que embirramos.

Agora o ódio... é uma manifestação agressiva de medo.

Ontem num blogue, alguém teve a coragem de publicar um filme onde é assassinada uma mulher em nome da Xaria, a lei islâmica. Ela tinha quebrado um dos preceitos, julgo que o adultério (embora o blogger desse outra justificação). É um filme horrível em que ela é apedrejada até à morte. Quem o faz, na multidão, tem o cuidado de, estando ela no chão a levar com pedras e tijolos, lhe cobrir as pernas com as saias que de quando em vez se levantam... Tudo acaba com um enorme bloco de cimento...
Quem faz uma coisa destas fá-lo por medo.
Medo que lhe aconteça isso no seio da sua família, da sua comunidade... E quem odeia nunca comete a maldade movida pelo ódio, a solo. Precisa sempre de companhia...

Eu conheço o medo. Não por o ter... mas por o ver estampado em rostos alheios.
Vejamos. A nível profissional, quantas vezes não fui considerado uma ameaça?...Sempre, talvez... tanto medo...
A nível moral...
Vamos aos valores. Não sou nenhum menino de coro mas prezo muito certos valores. Caldo entornado. Lá vem the boogie man...
E quando entro, sózinho, numa festa? Ui! É vê-los a agarrá-las, a enlaçá-las, a reclamá-las, com o ódio estampado no rosto. E a estupidez?... porque não percebem que a coisa funciona ao contrário. Qualquer gajo que entre desacompanhado é olhado com desconfiança pelas mulheres. Isso do James Bond... só nos filmes. Um homem só, num sítio público, para qualquer mulher representa "perigo"... mas não daquele romântico... Ao agarrá-las, e ao demonstrarem posse, eles despertam apenas uma curiosidade morta à nascença...
No ginásio há lá um casalinho nas aulas de Body Pump. Ela, uma brasa, cumprimenta-me efusivamente, ele cumprimentava-me... antes de ver a quantidade de peso que coloco...agora parece um animal a tentar competir comigo, e nos intervalos dos exercícios não a larga com as manápulas à volta da cintura. Não me saúda, rosna-me um olá, a tirar-me as medidas.

Quem odeia é sempre gente boa. E os motivos também são fixes. Odeia-se em nome da Moral, dos Bons Costumes, do Senso Comum (que é uma espécie de nivelamento pela mediocridade). Odeia-se em nome do Amor. Odeia-se em nome de Deus...

Parem de odiar.

Foi gente como nós, movida por esse sentimento, que matou atrozmente aquele senhor que aparece crucificado nos altares...

...que agora é amado como ninguém...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Aaah Leeeããão!

O acto sexual dum leão dura só cinco segundos, sabiam?
Eis o claro significado do...
"Só Eu Seeei... Porque Não Fico Em Caaasa"...

domingo, 18 de maio de 2008

Picky

Não. Não peço desculpa. Picuínhas não é, de todo, um termo que me faça boa companhia.
Meticuloso também não serve. Sou-o quando ajo. Não quando fruo, quando aprecio...
E foi o que fui ontem fazer, com a minha cria. Fomos ver o último do Peter Greenway: "The Night Wach".
Primeiro, o quadro nunca teve esse título. Ganhou-o por portas e travessas. Foi pago para se intitular, traduzido, em "A Companhia do Capitão Frans Banning Cocq e do tenente Willem van Ruytenburch" e é um retrato diurno... preparam-se para exercícios de tiro. Rembrandt pintou-o sombrio sobretudo para denunciar um crime.

Rembrandt van Rijn era um homem de atitudes. E tomou uma, de peso, ao pintar este quadro. Encerrou nele uma história extremamente rica, trágica, cómica, teatral. Nesta tela, como referido, denunciou um crime, ou vários. Até pecadilhos daqueles smeerlap desvendou... e pagou caro por isso.
Paga-se sempre, quando se é grande, à margem do sistema aferidor vigente...
Enfim, se querem pormenores, vejam a fita ou liguem ao tio Google...

A foto de cima pertence ao filme.
Retrata uma cena campestre perto de Amsterdão.

É uma farsa. É mentira, e porquê?

Conheço bem a Holanda... Não é grande feito, aquilo é minúsculo...
O maior susto da minha vida (e não estou a exagerar... acreditem ou não) aconteceu ao andar na rua em Leiden, completamente distraído. Encontrava-me no país há três semanas e tinha-me habituado a um terreno plano, liso, sem qualquer elevação ou depressão. Um terreno sempre nivelado...
O maior susto da minha vida aconteceu quando me deparei com uma subida no meio da rua, em Leiden.

Era uma ponte...

Gostei do filme, mas não gosto destas coisas.
Godverdomme Peter!...

sábado, 17 de maio de 2008

A Desculpa do Elefante

Como nasceram as ferramentas?

Em termos funcionais, possuímos um corpo débil, comparado com os nossos primeiros competidores, no mundo animal. Não temos velocidade que chegue (umas pernas fraquitas), força que chegue (um sistema muscular que é uma anedota), nem sequer protecção suficiente (se dependesse da nossa pele, estaríamos todos mortos de calor, frio ou de... qualquer outra coisa).
Comparados com um gorila, um leão, uma águia, uma carpa, um búfalo, ou um periquito, somos mesmo...a vergonha da selva.

Por isso tivémos que reeinventar um novo corpo com a ajuda do cérebro, o nosso único truque, e das mãos, que dão realmente muito jeito.
Não temos força nos braços? Uma alavanca é a solução. Se não chegar, vamos evoluindo até chegar ao braço dum buldozzer. Chega? Depois apareça lá o tal gorila...
Não há dentes, garras, algo que faça estragos a sério como os dum tigre, ou as dum milhafre. No problem....uma faca, uma flecha, uma bala, resolvem o assunto.
E voar? Fartos de olhar para o céu com inveja dos pardais, lá inventámos nós coisas com asas... com casa de banho e tudo..
Não temos protecção suficiente? Uma pele de animal abriga-nos do calor e do frio. Uma armadura, dos golpes em batalha. Um colete Dragon Skin protege-nos de tudo, menos de um apito...
Ai pai... Queria ver tão bem como uma águia... Não fiques assim filho... já temos o Hubble...

Pronto. Já estamos até em superioridade, com este novo corpo. Já podemos dar cartas no mundo animal e vegetal. E damos. Estamos metódicamente a destruí-lo. Deve ser vingança por aquilo que ele fez aos nossos avós das cavernas quando eles, coitados, não podiam recorrer a uma P90 com munição perfurante ou a uma Metal Storm®...

Ok. Os animais estão sobre controle...os outros animais.
Porque os mais perigosos... esses, ainda somos nós.
Falo por mim. Sou o meu mais terrível adversário, e as vezes em que me venci são as vitórias de que mais me orgulho. As derrotas auto-infligidas são as que me mandam realmente abaixo...

Mas os outros...também são um perigo. Não porque nos façam mal, mas é necessário cuidado com eles. Muito cuidado.

Conhecem aquelas placas perfuradas colocadas nas paredes das garagens onde estão desenhadas as ferramentas a colocar lá no fim do dia?
Pois.
Nós também temos disso, mas não é com chaves de estrela, alicates, chaves de boca, chaves de fenda, Philips, Pozidriv, Torx, Precisão, Jogos,luneta, sextavadas, Stillson, Martelos, Serrotes, Corta-rebites, Fitas métricas, Esquadros, X-atos, Níveis, Tesouras, Limas, Espátulas, Escovas de arame, Pés de cabra, Garribaldes, Agrafadores, Funis, etc…

A nossa placa de ferramentas é diferente...

Para controlar vontades, as minhas ferramentas são... sorrisos. Cada qual com a sua numeração lá na plaquinha perfurada pendurada na parede.
A minha voz é outra outra ferramenta extremamente útil: quanto mais baixo falo, mais os bichos se encolhem.
Essa história do "parto-te o focinho!" só funciona em termos dissuassores. Tenho na família um campeão de boxe, que até conduz agressivamente, por vezes. As vezes em que baixam os vidros dos carros para o insultarem com o pior... e ele continua, impassível. Depois, se inquirido, responde: "sabes as chatices que quase toda a gente lá do ginásio (ele tem um ginásio de desportos de combate) tem com a Justiça por ter dado uns açoites em alguém em merdas destas? São notificações, tribunais, penas suspensas, chatices, dinheiro e tempo perdido..."

O grande problema é com o nosso desempenho. Não podemos ser melhores que os outros. Assim de repente.

Em termos laborais, por exemplo, um patrão adora isso. Enche-lhe os bolsos. Os colegas não.
E aí chegamos a outra ferramenta: a Política. Compromissos, alianças, protocolos, território, diplomacia.
A política é complexa. Como qualquer negociador de reféns sabe, uma das tácticas utilizadas é tornar as condições dos reféns e dos captores o mais miseráveis possível, de forma a dirigir o ódio para um novo inimigo, no exterior, e criar uma tácita aliança entre eles.
Já vi alianças serem criadas entre quem mais se odeia para combaterem um inimigo comum: uma ameaça comum.

E contra esse tipo coisas não há charme (outra) que chegue...

Mas a ferramenta a que eu acho mais graça é o pedido de desculpas.

Um pedido de desculpas funciona num nanosegundo.
Pode transformar a maior fera num gatinho de meses, nesse limite de tempo. Um pedido de desculpas é uma ferramenta diplomática de peso: pode evitar uma guerra. Um pedido de desculpas por vezes exige-se, como compensação, ou seja: pode valer o equivalente em muitos milhões de euros. Um pedido de desculpas foi o que o mundo muçulmano exigiu a este Papa fascizóide que nós temos quando ele abordou duma forma filosófica a sua cultura. Um pedido de desculpas pode calar uma fêmea que nos atazana durante uma tarde inteira por causa da merda dum cu qualquer... Um pedido de desculpas pode acalmá-la até mesmo em TPM...

Um pedido de desculpas até pode fazer esquecer algo, o que é um milagre!

Eu cá utilizo a palavra desculpa bué da vezes... não custa nada. E é uma farramenta do catano...
Mas normalmente, e desculpem lá (vêm?) o termo... CAGO no pedido de desculpas alheio.

A sinceridade do arrependimento sente-se, não necessita da verbalização duma ferramenta diplomática barata.

Mas existe uma desculpa pela qual eu nutro um certo... carinho:

A Desculpa do Elefante.

Trata-se de algo do género: " desculpem lá as palhotas, as culturas, as árvores que destruí à minha passagem...Que querem?...EU SOU GRAAAAANDEEEE...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Mein Herz Brennt

Ontem alguém que me conhece há muitos anos disse que eu estava com... mau ar. Talvez por andar assim.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Desafio

Sublime, a obra de Lucio Fontana.
São seis palavras, não são, Lenib?
Pois. Hoje resolvi tentar encontrar alguém no mundo da Arte em cuja obra eu me dilua... Fontana resume o meu pragmatismo. Fontana resume a minha simplicidade. Fontana resume a minha verdade. Fontana resume a linha da minha lâmina. Fontana resume a minha essência, a tela. Fontana resume...

Pragmatismo

Click!> Esta faz-me lembrar outra: há uns anos atrás jogava o Chalana e Portugal disputou com a Inglaterra um jogo amigável. Nessa altura tínhamos jogadores muito habilidosos, dos que fintam muito, mas que não marcavam golos. Estavam sempre naquilo, a brincar-na-areia, a dar um baile aos ingleses...
...levámos 3-0.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

entre aspas

Seguem-se dois excertos, adaptados, do Homem Voador. Trata-se de uma obra de ficção acabada em 2004.
Foram baseados, contudo, em relatos de visitantes a um país africano.
Um foi em negócios e os seus contactos efectuaram-se ao mais alto nível.
O outro foi trabalhar como assalariado.
Acusem-me de falta de imaginação, mas o livro tem 321 páginas. E é sempre interessante dar a conhecer histórias que o sejam...

Certo?...

«...liguei o Mac adormecido, com um raspar do rato em cima da mesa, e o fino tabuleiro verde escuro à minha frente iluminou-se num caótico mosaico de janelas brancas.
Tinha chegado um mail do Máximo. Encontrava-se num país africano, com o Melo, a concretizar mais um negócio milionário. Nunca cessava de se surpreender a cada visita naquelas latitudes, escrevia. Tratava-se de um país tropical, abrasador todo o ano, e tinha visto na garagem do tipo com quem estavam a negociar, que era um ministro… um par de limpa-neves filandeses, novinhos em folha. Resplandecentes. Escreveu que ficou paralisado ainda algum tempo, a olhar para aquilo de boca aberta, até o tal ministro mostrar um certo desagrado impaciente.
Mais um gole.
Então o Melo estava em Angola.»

...

«...choquei com uma gaja, que me molhou de scotch aguado. Bem, graças aos deuses não era coca-cola ou cuba-livre ou alguma dessas merdas coloridas… Ela pediu-me desculpa em câmera lenta e afastei-me com os seus olhos pastosos colados à minha visão periférica. Ia procurar o pessoal. Mas encontrei o Guilherme. Já não o via há um ano.
— João Marcos!
— William, que é feito de ti… foste para Angola, não é? e que tal?
— É o máximo, meu, faz-se lá uma vida fantástica. Arranjei lá um grupo porreiro, de malta daqui, e aquilo é tudo nosso.
Tirei mais uma cigarrilha, e com ela presa num sorriso, ia perguntando… — Ah é? E o país, como está?
— Uma confusão. Mas com o fim da guerra as coisas começaram a mexer. Nascem coisas em Luanda como cogumelos, de um dia para o outro.
— E tens lá casa, ou vives no hotel? — continuava com o meu interrogatório... quem sabe se um dia não precisaria lá de guarida…
— Estou numa casa com um amigo meu e... com o avô dele… — disse-me, com um ar arrastado e triste.
— Com o avô?— perguntei, espantado, a levantar a cigarrilha a vinte graus.
— Sim. Este meu amigo foi para lá trabalhar. O avô é a única família dele. Reformado, passava os dias por aí, nos bancos de jardim, a jogar às cartas. Foi lá passar uns tempos com o meu amigo… eu ainda não tinha ido para lá morar… estou lá provisóriamente, graças a Deus!… — ia-me intrigando com o relato — E…um dia o meu amigo chega a casa… quem lhe abre a porta é o avô, todo nu, e, lá dentro, no quarto de porta aberta, encontrava-se uma pitinha, que não devia ter mais de treze ou quatorze anos. Ele contou que a seguir o velho entra e é ruído de colchão durante mais de uma hora. Quando a pitinha sai, tem mesmo quatroze anos. O velho agora não quer outra coisa… lá são as quatorzinhas. O velho tem setenta e quatro anos, almoça e janta Viagra. Está a divertir-se pela vida. Eu é que já não acho graça à coisa. Moro lá, por enquanto…e dormir é mentira...
Depois de nos rirmos à gargalhada, eu, a minha cigarrilha e o Bourbon, filosofei o possível, já tocado.
Realmente… é tudo relativo. Basta de mudar de Paralelo, de época. Basta mesmo sentarmo-nos no chão e olhar para as coisas, como agora, com um grãozinho na asa, para a realidade mudar de contornos...
Aquele velho, aqui, exalaria o último suspiro no xilindró, infeliz, se continuasse a fazer merdas daquelas. Lá, está nas nuvens e não tem o mínimo problema de consciência com o que faz...»

domingo, 11 de maio de 2008

Tecnologia

Armas fascinam-me. Um professor meu, insigne designer já falecido, afirmava que é no âmbito do armamento que o ser humano exibe a sua excelência, e é onde se encontra mais presente, com harmonia, o binómio forma/função, uma das premissas do design. Eis um colete à prova de bala Dragon Skin. Possui uma tecnologia inovadora baseada nas duras escamas dum dragão. Foram encomendados vários exemplares, no norte de Portugal... serão todos devolvidos 2ª feira. É que um Dragon Skin, embora consiga deter disparos duma kalashnikov (Click! para vídeo), não detém um simples...apito.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Dr. Jekyll & Mr. Hide

Utilizei, no título, o "&" comercial por ser a firma mais sólida do mercado.
E a menos visível: mais transparente que o ar...

Dr. Jekyll é o senhor engravatado que chega todos os dias à garagem do escritório. Recolhe o casaco do cabide do carro. Faz piscar as luzinhas do automóvel enquanto os seus passos ecoam na garagem ainda vazia. No elevador ajeita a gravata mais uma vez e encolhe a barriga. Pela lapela puxa o casaco para cima, depois de alisar o cabelo.
Está pronto para a abertura das portas do elevador, mesmo em frente à recepcionista.
Cumprimenta a Dona Lurdes, que lhe acena com um sorriso de olhos muito abertos, ocupada com o auricular.
Entra no gabinete e olha lá para fora, para os carros na rua, que apitam baixinho, enquanto pendura o casaco no cabide. Aceita o café que vem numa bandeja.
Passará o dia entre reuniões, utilizará termos como "sinergia", "pró-actividade", "clarificação" e tomará decisões sempre consensuais até, no final do trabalho, pelas oito, pegar de novo no casaco, ligar para a mulher a dizer que tem um jantar de negócios com os espanhóis enquanto se desculpa com a falta de rede do elevador para lhe mandar um último beijo.
Tira a gravata, já no carro. Olha para o espelho. Só vê os seus olhos. Ainda não tem muitas rugas à sua volta... Sorri.

Mas o sorriso acentua as rugas a Mr. Hide... que se vai portar mal o resto da noite, entre uma jantarada com os amigos e uma passagem pelo ar condicionado duma casa de strip, que o acorda mais um pouco.
Utilizará termos como "foda-se", "ai o caralho" e "olha-me para aquele cu". Acaba a noite no trombinhas, a apalpar a lamela de Viagra no fundo do bolso interior do casaco, enquanto a brasileira do costume lhe acena com um sorriso despedido-se do interlocutor. No quarto da pensão dá mais uma snifadela. E graças à Pfizer e apesar do álcool, penetra a brasileira em tudo o que é sítio. Foi ela que lhe colocou o preservativo.
O ar fresco da rua não lhe chega para o colocar bem disposto. Nem sequer se despediu dos outros.
Chega a casa e o portão da garagem faz um chinfrim. A mulher está na menopausa. Mais desagradada pelo cheiro a álcool e pelos encontrões de Mr. Hide pelo corredor em direcção ao quarto, que por aquilo que ela adivinhou que ele andou a fazer. Contudo, mal-amado e bem-bebido, Mr. Hide chama-lhe puta ciumenta. Não é a primeira vez. O resultado é uma sessão de gritos e um candeeiro pelo chão.
Mr. Hide olha para o espelho, onde, de manhã, antes de sair do quarto... se encontrava o Dr. Jekyll.

Admiram-se que o Bob Geldof tenha dito o que disse, durante a conferência sobre Desenvolvimento Sustentável?
Esquecem-se duma coisa: os únicos neste mundo que não sofrem de dupla personalidade, que não se desdobram em Dr. Jekyll & Mr. Hide... são os artistas. Principalmente um ex-punk como Bob Geldof.

Onde tinham a cabeça os organizadores*?
Não fizeram os trabalhos de casa.
Pensaram: alguém mediático, importante a nível mundial... mas não no Porquê...
...foi o mesmo que ensaiar um lança-chamas numa refinaria.



*Em Portugal, claro. País sem cérebro.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

the last one


Sabem qual é a Barbie mais cara?
A Barbie Divorciada. Traz o carro
do Ken, a piscina do Ken, a casa do Ken,
o iate do Ken...
Nisto de divórcios, um homem, quando casado, passa a vida a dá-las, mas...
the last one... é ele que a leva...

domingo, 4 de maio de 2008

a indispensável ovelha negra

Existe todo um sistema de valores marginal que sustenta o legítimo. Lembro-me do caso da troca de seringas: se a droga é ilegal, porque gasta o Estado dinheiro a apoiar o decorrer de uma ilegalidade?
Na faculdade, um dos professores, para enaltecer a importância da Multifuncionalidade em detrimento de outros valores, lançou-nos a questão: de quantas funções é capaz uma faca? E um automóvel? Bem...um automóvel só cumpre duas: anda para a frente e para trás.

...Agora uma faca*...


*Click!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O Truque

Lembro-me dos bifes, quando eram duros.
Era muito novo e as minhas manitas bem se esforçavam para cortar a dura carne, batida a martelo, empurrando algumas das batatas fritas para fora do prato enchendo as calças de manchas de gordura.
Agora já não é assim. Os bifes são todos tenrinhos.
Porquê?
Não. Não são de carne de Kobe, originária do gado de raça japonesa Wagyu, em que tudo é feito para relaxar os animais e tornar a carne macia (massagens com alcool, dieta regada a cerveja e sessões de música clássica). Um bife de carne de Kobe num restaurante norte-americano pode chegar aos 1000 dólares e a sanduíche mais cara do mundo, vendida no Selfridges, é-o devido a essa carne. Custa 130 euros.

Os bois e vacas que fornecem os bifes que eu comia dantes são os tetrateravôs dos que me fornecem os que hoje como.
Então porque será que a carne é mais macia? Será que os melhores iam num saco de plástico e recheavam a mesa do cozinheiro?
Não me parece. Não me queixei do sabor. Apenas afirmei que dantes um bifinho era mais duro que agora. Era mais complicado cortá-lo num pedacinho. E agora não, corta-se como manteiga... e o sabor é o mesmo...
Então, se a carne é a mesma, porque essa é a conclusão a que cheguei, porque é mais macia, mais tenra, mais...cortável?

Já ouviram falar certamente no Ovo de Colombo.
Consta que desafiaram o Cristóvão a colocar um ovo de pé e ele não fez mais nada: quebrou, com um golpe seco, a base do ovo e, triunfante, exibiu o menirzinho branco assim assente.

Sou adepto do conceito.

Facilitar o que parece incontornável quebrando as regras do jogo se necessário, como o nó górdio que Alexandre, a golpes de espada, desfez.

Uma das minhas frases favoritas é de minha autoria, mas podem usá-la à vontade: "Gosto de trabalhar, mas não gosto de ter trabalho". Isso significa que quando produtor de algo, não descanso enquanto não decantar uma tarefa, enquanto não a encandear numa linha de montagem, não lhe aplicar a simplificação, o método.
Não é fácil trabalhar comigo, principalmente quando entro em sítios onde tudo se faz "à maneira". Eu não faço nada "à maneira". Crio logo atalhos, corto no lixo e vou straight 2 business, poupando assim tempo e deixando algum para filosofar em relação ao que se faz, melhorando métodos e produtos.
Sou um pouco frio nestas coisas. Lembro-me de quando aconteceu o SET11 pensar: se eu fosse um empresário de envergadura, gostaria de ter a trabalhar para mim quem organizou isto. Foi horrível, mas bem executado. Depois de a emoção passar, daqui a alguns anos, será decerto um case study...

Voltemos aos bifes. Não estão mais macios. A diferença é que agora, quando os servem, vêm acompanhados de uma faca serrilhada...

...a chamada Faca de Carne...

o cheiro a napalm pela manhã

Wagner. Adolescentes. Inocência. Culpa. Pranchas de surf. Sieg Heil. Maresia. Eu não devia estar ali àquela hora. Tu também não. Wagner... e rockets.
A vida pode ser uma merda e há sempre quem encontre beleza nisso...
Vou ali comer um resto de requeijão e pêssegos em conserva.
Alguém alguma vez questionou o título? É que faz todo o sentido. Aliás, nunca li nenhum título de filme que o fizesse tanto. Porquê esperar o inferno? Vivemos o fim, o inenarrável e o inconcebível...agora.