Um amigo meu comentava há dias a minha preocupação relativamente ao futuro dos nossos rebentos. Ela aparecera-me sombria, no decorrer duma reunião de pais em que me apercebi que afinal não é só o meu âmbito profissional, não é só o governo... não é só isto... não é só aquilo... que está entregue aos bichos: o Futuro, aquilo em que eu não posso intervir, também o está.
Durante a reunião de pais mantive-me estupefacto com o ridículo da descrição sumária da incompetência geral do sistema educativo e da paquidermia de quem nele funciona. Apenas me lembrava a analogia: quando acontecem desta coisas nas empresas privadas, o caminho para a rua é o mais certo com direito a pontapé no traseiro. Sim. Porque quem nelas trabalha sabe que nunca como agora o profissionalismo foi tão levado a sério, seja qual for a definição de quem o refere.
Voltemos... ao futuro.
O meu amigo, feliz, referia o do rebento dele como algo que não o deveria preocupar, isto porque o colocou num colégio anglo-saxónico, em que no 3º ano, antiga 3º classe, os alunos abordam... Miró.
Pois, Miró. Dizia-me ele, comentando que muitas professoras primárias deste país desconheceriam até o nome...
Outra minha amiga filosofa: Vê, Charlie... a palavra preocupação: pre-ocupar, ou seja, você se está ocupando de algo que ainda não está acontecendo... não faz sentido, né?
Eu cá, mantenho-me preocupado. Ainda não me saiu o Euromilhões e não sei como tratar da educação da minha cria. Apenas me consola o facto de ela ser quem é e de no meio do lixo ter a habilidade de encontrar tesouros, como eu. Ela própria refere o exemplo de quem tira cursos universitários sem nunca pisar um estabelecimento de ensino superior, que apenas serve como guideline para o que se tem que estudar para ultrapassar os métodos de avaliação...
Espero que algo mais do que a iniciativa pessoal se manifeste neste país relativamente à educação. Ou então, o Futuro... será bem, mas bem pior que este presente. Conseguem imaginar?
Durmam bem, se o conseguirem...
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