
Não há paciência... Um gajo vai para o local de trabalho, com o intuito de produzir, ser útil... trabalhar...
Se há coisa que detesto, mais que insultarem a minha inteligência, é ter que expor um vigarista, destapar a careca a alguém... é um espectáculo triste, a evitar...
Mas, desagradável mesmo, é lidar com uma gaja a quem se disse que não...
Meninos, querem ganhar uma inimiga fiel para toda a vida? Não as comam...quando elas se oferecem.
Tenho um problema, que pensava que era algo bom: gosto de mulheres.
Mas gosto à séria: das coisinhas delas, de ir às compras com elas, ver roupa com elas, discutir coisas femininas. Aprecio, disfruto e compreendo a psicologia feminina, e sou sensível às suas dores, e muitas vezes apoio-as, no sofrimento dos seus amores.
Possuo bastantes e muito próximas amigas, que me contam coisas que nem a si próprias...
Reparo em coisas que só outras mulheres habitualmente notam: unhas, cabelo, pormenores da roupa,sapatos, jóias e acessórios. Coisas que dão motivo para conversa de alguns minutos.
Tirando os gays, não haverá muitos homens assim...
E é assim que me lixo, de quando em vez: esta proximidade toda, conjugada com o facto das minhas preferências serem paradoxalmente inequívocas, assim como uma reserva ao expor da minha vida pessoal, levam algumas alminhas do sexo feminino a julgarem-me sempre disponível. Ou melhor: sempre obrigatóriamente disponível.
Eu explico da melhor maneira: talvez, sem anilha, tenha aspecto de brinquedo para meninas. Mas não o sou.
E meter-lhes isso na cabeça?
Um gajo lida bem com a rejeição, por norma. Habitua-se a isso desde muito cedo. É rejeitado, e no minuto a seguir já nem se lembra...
Uma gaja...Não. Não tem os milhares de anos de contacto com essa realidade, como nós homens...
Pior ainda, se ela sabe que outra conhecida foi bafejada por algum convívio: "Que tem ela a mais que eu?"
Isto é grave. Já perdi clientes femininas, ganhei inimigas que me fizeram perder outras, não respondendo aos seus e-mailzinhos do Dalai Lama e aqueles muito profundos com muitas flores, que por algum motivo associam a uma conversa simpática à qual deram um profundo carácter de proximidade e empatia, com coraçõezinhos à volta... E aos seus convitezinhos para isto e para aquilo, que por um dia eu dizer que gostava, julgam que é meio caminho andado para um romance.
Um homem que assedia sexualmente, é apenas um chato. Uma mulher, é má.
Dificultam-me a vida profissional, as rejeitadas. Não chegam os olhares de mal disfarçado ódio e os pequenos e nervosos sarcasmos. Enquanto não aparece um salvador que as cubra, de eventual brinquedo passo a bonequinho de voodoo...
É uma merda. Felizmente sou caridoso e complacente, por natureza. Mas nas alturas em que para os meus lados os timings me espremem como um limão, elas aproveitam para espetar os alfinetes... e cansam-me ainda mais.
Deixem-me trabalhar! Ganhar a minha vidinha em paz e sossego. E aprendam a lidar com a rejeição. Eu sei que começaram a sair da casca há apenas duas décadas ou, se quiserem, desde que a pílula foi inventada, mas, nem eu, nem outros, temos a culpa...
Hoje tive um dia drenante, nem forças tive para me arrastar para o ginásio. Repousei uma hora ou duas, antes de escrever isto. Felizmente, como os gatos, consigo dormir às prestações...